O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Alvorada realizou pesquisa sobre as condições de trabalho dos profissionais da educação. A pesquisa intitulada: “Enquete: Condições de trabalho, Pandemia e Aulas Presenciais” obteve respostas de mais de duzentos servidores municipais sobre as atividades online, os protocolos de segurança, as condições de trabalho nas escolas, o retorno às aulas, entre outros pontos.
Profissionais de 26 escolas responderam às perguntas do questionário elaborado pelo SIMA. Dos 209 participantes da pesquisa, 95,7% (200 participantes) acreditam que não é possível o retorno às aulas em 2020. Apenas 4,3% (9 participantes) acreditam que seja possível o retorno ainda este ano.
A posição reflete a sensação de insegurança e de insuficiência do sistema de atividades remotas aplicado, uma vez que existe muito conteúdo para ser recuperado com os estudantes. Outro ponto, é o fato de que 76,6% dos profissionais em educação não conhecem o Plano de Contingência da escola em que atuam.
O estudo é importante para conhecer a real situação dos profissionais que seguem em atividade mesmo com as escolas fechadas. Professores, equipe de apoio pedagógico, equipes de direção, merendeiras e a equipe de zeladoria e limpeza estão desde o início da epidemia em atividade constante para auxiliar estudantes e familiares.
O retorno às aulas presenciais em 2020 mostra-se, como evidenciou a pesquisa, uma decisão arriscada e fora da realidade dos ambientes de trabalho e da efetividade da aplicação do conteúdo. Somente 23,3% dos professores afirmam ter atingido 80% ou mais dos estudantes através da aplicação de aulas online.
Aplicação da Pesquisa:
A pesquisa foi realizada entre os dias 18 de agosto a 04 de setembro. Os participantes responderam perguntas divididas em 4 partes, as partes 1 e 4 foram de uso comum entre os participantes. A “parte 2” específica para professores em home office e a “parte 3”específica para profissionais da educação em atividade dentro das escolas e setores.
Divisão do estudo:
PARTE 1:
A primeira parte da pesquisa focou em classificar os grupos participantes a) pelo função que desempenha e b) pela escola ou setor que ocupa (ANEXO 1).
PARTE 2:
Elaborada para ser respondida por professores. As perguntas elaboradas visavam conhecer a realidade dos professores que estão home office, a fim de entender como o processo de atividades não presenciais estão ocorrendo, qual seu impacto na organização do trabalho dos profissionais e qual a abrangência do sistema aplicado.
PARTE 3:
Respondida pelos trabalhadores da educação que fazem parte das equipes de apoio que atuam nas escolas, nos ambientes educacionais e na SMED mantiveram sua jornada de trabalho no ambiente habitual. E dessa forma, estiveram e estão, mais expostos ao contágio por Covid-19.
PARTE 4:
A quarta e última parte da pesquisa coletou a opinião dos profissionais em educação sobre o retorno às aulas.
