Os dirigentes sindicais Valdemir Machado e Jacqueline Esteves estiveram junto com professores municipais no Gabinete do Prefeito Municipal para ter respostas sobre a pagamento das convocações aos professores municipais. A reunião, previamente marcada, deveria ser o espaço em que o Governo Municipal manifestaria a possibilidade ou não de pagamento e a previsão para retomada do pagamento.
Mais uma vez, como tem sido prática da atual gestão, o Prefeito não apresentou resposta aos trabalhadores. A cidade de Alvorada mesmo com o alto índice de infecção por COVID-19 não parou um minuto se quer, escolas seguem abertas, professores seguem atendendo as turmas de forma online, atividades administrativas seguem ocorrendo nas secretarias. Isso tudo, sem que o afastamento ou rodízio tenha sido de fato aplicado nos postos de trabalho dos servidores. As verbas do FUNDEB seguem sendo enviadas. Ou seja, o que impede o pagamento das convocações?
A reunião durante a tarde de terça-feira, 14 de julho, deixou evidente a falta de vontade política em oferecer mais tranquilidade e condições financeiras aos trabalhadores da educação. Ao mesmo tempo em que o Governo Municipal não consegue dar uma previsão de retomada do pagamento das convocações aos professores, o mesmo governo anuncia que membros da equipe diretiva, cargos ocupados por indicações políticas, terão o pagamento das convocações realizados. A atitude confirma que recursos existem, falta vontade de fazer.
O Secretário Municipal de Administração, Carlos Telles, participou da reunião com os membros do SIMA e os professores. Na ocasião, o secretário se comprometeu a buscar uma solução junto à Secretária Municipal de Educação Núbia Dantas, mas não deu prazo para que isto ocorra.
Desde o início do afastamento social escolas estão fechadas e estudantes tem realizado trabalhos de forma online, sendo atendidos por professores que utilizam sua estrutura pessoal para realizar atividades escolares. Cerca de 200 profissionais com carga horária de 20h foram desligados de suas turmas, que foram assumidas por profissionais com carga horária de 40h e que tiveram sua demanda de trabalho aumentada, uma vez que estão atendo a turmas de outros professores. O problema é maior se questionamos o motivo do pagamento das nomeações: falta de profissionais no quadro. A nomeação dos aprovados em concursos anteriores é uma demanda antiga e apresentada ao Governo Municipal na Carta das 18 Pautas da Categoria.