Profissionais da educação sofrem grande golpe, com a total falta de respeito e valorização do governo municipal. Fazendo o jogo do empurra e finalizando com intervenção desnecessária aqueles que estão passando todos as dificuldades enfrentadas pela pandemia e o descaso com a educação.
PERDAS SALARIAIS
Conselheiros do CACS questionam há algum tempo valores da aplicação do FUNDEB no investimento em educação no município de Alvorada estarem longe da aplicação do mínimo constitucional. Juntamente a isso o Sindicato do Servidores Públicos Municipais iniciam a Campanha Salarial 2021/2022, entre as pautas o piso do magistério e a valorização dos profissionais da educação que durante esse período sofreram também perdas bruscas no seu salário, como a retirada do 4,52%da reposição de 2021, suspensão da gratificação por tempo de serviço (GTS) e aumento da alíquota previdenciária de 11% para 14%.
AGENDA ATRÁS DE RESPOSTA
Em reunião do dia 17/12 com a comissão de negociação, o secretário de administração Telles colocou que não teria como responder as questões das sobras do FUNDEB, que esse encaminhamento deveria ser feito pela secretaria de educação (SMED).
No mesmo dia a comissão segue até a SMED a qual consegue uma agenda com a Secretária Neusa Machado para o dia 20/12. Neste encontro a secretária se mostrou aberta a ouvir os representantes e pediu um tempo para consultar sua equipe técnica e fazer os cálculos necessários para viabilidade de beneficiar os professores, assim atingindo o mínimo constitucional de 70% de investimento na remuneração dos profissionais da educação.
No dia 22, o secretário da Fazenda, Marcelo Machado, informou ao Conselho de Acompanhamento que o governo fará o necessário para atingir o mínimo de 70%, entre outros questionamentos, e reafirma que depende da secretaria de educação a demanda necessária para que o governo possa encaminhar.
Nesse jogo de empurra, os professores de Alvorada, se mobilizam e tomam a frente da secretaria de educação, no dia 27/12, a fim de pedir seus direitos. Sem nenhuma resposta é reagendado para o dia 29/12, o que acontece primeiramente na secretaria de educação, onde a secretária Neusa Machado diz ter conversado com o prefeito e que não pode fazer nada, e que a decisão é do chefe do executivo. Novamente sem respostas a comissão e os mais de cem professores se dirigem até a prefeitura de Alvorada, a fim de conversar com o prefeito municipal José Arno Appolo do Amaral.
Primeiramente é dito que não teria como receber, e posteriormente chama todos para o salão nobre, no qual faz uma fala vazia e inaudível, sendo questionado da possibilidade de utilizar um microfone, o mesmo se retira da sala, onde os presentes foram também se retirando do ambiente e assim sendo surpreendidos pela guarda municipal no rool de entrada do gabinete do prefeito.
Sem qualquer motivo plausível a guarda utilizou spray de pimenta, no local fechado, o que fez os presentes sentirem os efeitos. Com o fato o grupo que sentiu mais atingido se encaminhou até a delegacia civil para registro de ocorrência do fato, o qual entrará com processo contra o Governo Appolo pela intervenção indevida e desnecessária.
MENSAGEM DO SIMA AOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO
Agradecemos a participação de todas e todos os colegas que fizeram o nosso ato acontecer, essa união é muito importante e fundamental na construção e na defesa dos nossos direitos. Infelizmente, apesar de uma boa adesão, poderíamos ter muito mais colegas, mas o fato é que acabamos não conseguindo avançar no que se refere ao Fundeb, já que o jogo de empurra ficou nítido, e falta muita vontade política, já que dinheiro sabemos que tem, os números apresentados no conselho do Fundeb, não mentem.
Precisamos muito do apoio massivo da categoria, e pensar o que encaminharemos para o próximo ano letivo, sendo tratados dessa forma pela secretária e pelo prefeito.
O Sima, com o seu jurídico e os conselheiros que não compactuam, com essa falta de transparência, que o governo impõe, estaremos tomando todas as atitudes cabíveis.
E aquelas direções e cargos de confiança que estão espalhando que os trabalhadores são massa de manobra do sindicato deixamos dito: o Sima é o trabalhador, e massa de manobra são os CCs de luxo, que defendem um governo que não respeita o trabalhador.
Um grande abraço e continuamos sempre na luta pela nossa dignidade, que nós possamos estar cada vez mais unidos e chamando mais colegas para engrossar as nossas fileiras.
BOA LUTA! Juntos somos mais fortes!