Desde as 10h do dia 1º de Maio, a diretoria do SIMA marcou presença na concentração de lideranças do movimento social de Alvorada pela passagem do Dia Internacional dos Trabalhadores, na praça diante do prédio da prefeitura. Após seis anos de opressão, retirada de direitos e retrocessos, os trabalhadores que resistiram e lutaram pela democracia e puderam festejar o momento histórico do país.

Em nome dos servidores públicos municipais de Alvorada, Valdemir Moretti Machado (foto), vice-presidente do SIMA, denunciou o desprezo da administração pública com os Servidores e a própria população. Lembrando os profissionais da Saúde, o sindicalista disse que todo dia é um dia de trabalho para esta categoria, que deveria desfrutar de melhores dias, pela importância que tem no atendimento e na prestação de serviços para a população.

Stella Farias, deputada estadual do PT/RS e ex-prefeita de Alvorada, lembrou do tempo em que o transporte público em Alvorada não era ruim como hoje. A parlamentar é mais uma voz contrária à forma com que a prefeitura trata uma questão social vital para os alvoradenses, mas negligenciado pelos gestores municipais.

Antes dela, o vereador Leandro Tur (PT) fizera denúncia a respeito da renovação de contrato com a VAL (Viação Alvorada), que transfere recursos para a empresa sem que ela apresentasse quaisquer melhorias no tocante à frequência dos ônibus.

DESTAQUE – Também presentes no ato a vereadora Giovana Thiago (PT), Cláudio Leandro, presidente do PT de Alvorada; Mário Vieira, representante do gabinete do deputado Federal Dionilso Marcon (PT-RS); João Carlos da Cruz Pereira, presidente da cooperativa de Trabalho Piratini, e o ex-vereador petista Pedro Claros.

PROTESTO DOS SERVIDORES DE ALVORADA – Sob constantes ataques da administração municipal, os servidores públicos de Alvorada perderam direitos, como o Abono de Permanência, e ainda têm de sofrer com o permanente descumprimento da legislação, que é notado na negativa em pagar os pisos do Magistério, da Enfermagem, dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e de Combate às Endemias (ACE).

ATO UNIFICADO DAS CENTRAIS

Nas principais cidades do Rio Grande do Sul serão realizados atos manifestando o repúdio da classe trabalhadora com a perda de direitos, aprofundada a partir da reforma trabalhista, sancionada em julho de 2017.

Em Porto Alegre, a União Geral dos Trabalhadores (UGT-RS) e as centrais sindicais promovem ato conjunto no dia 1º de Maio, das 14h às 18h, com shows culturais, na Praça da Usina do Gasômetro, em Porto Alegre. Haverá participação das Feminejas (um grupo de mulheres que canta sertanejo), o rap de Dekilograma, o rock de Alquimia Voodoo, o samba do Areal do Futuro e a banda do Sindicato dos Músicos do RS, bem como uma esquete teatral dos Artistas pela Democracia.

O 1º de Maio das centrais sindicais ocorre na véspera da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que ocorre nos dias 2 e 3 de maio, que tem mantido a taxa básica de juros (Selic) em 13,75% por ano.

TRABALHO DECENTE – Sem a mobilização da classe trabalhadora, pressionando os governos federal, estadual e municipais, mas também os senadores, deputados e vereadores, continuará sendo negado o trabalho decente para trabalhadores e trabalhadoras.

O conceito de “trabalho decente”, formalizado em 1999 pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), pode ser definido como “trabalho adequadamente remunerado, exercido em condições de liberdade, equidade e segurança, capaz de garantir uma vida digna”.

Renato Ilha, jornalista (Fenaj 10.300)