O desprezo ao concurso público tem sido uma das marcas do Governo Appolo. Por isso, enquanto faltam médicos nos postos de saúde, sobram cargos em confiança (CC), que realizam funções que deveriam ser exclusivas dos servidores concursados, forme denuncia Rodinei Rosseto, presidente do SIMA. Ao declarar que atingiu o limite prudencial de gastos públicos, a administração municipal alega não poder gastar mais com professores para a rede de ensino. O que o governo não explica é a cedência de professores para outras secretarias, que seguem sendo pagos pela Secretaria de Educação (SMED). O Limite Prudencial, estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), prevê o limite legal da despesa com pessoal.

Administrando Alvorada fora dos padrões aceitáveis, o Governo Appolo perdeu a noção do papel da administração pública, que é trabalhar em prol da sociedade e do contribuinte. Os sinais do desgoverno são notados em todas as áreas da atividade pública em Alvorada. Já em 2020, o Conselho Municipal de Saúde apontava a falta de médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e Agentes Comunitários de Saúde na Estratégia de Saúde da Família, que poderiam atuar junto às ações de prevenção e promoção da saúde.

O governo não construiu escolas novas ou salas de aula fazendo com que, além da falta de professores nas escolas, também faltem monitores para atender os alunos de inclusão. Enquanto cresce o número de matrículas de alunos, o investimento na educação pública diminui.

MAIS DO MESMO

No campo da mobilidade urbana, muitas sinaleiras mostram que o sinal de alerta já foi ligado. Nem parece que existe uma secretaria municipal para cuidar dessas questões. Atravessar o cruzamento da Av. Maringá com a Av. Presidente Vargas, na área central da cidade, requer mais do que atenção. O pedestre deve ter todo o cuidado, pois o semáforo permanece sempre da mesma forma.

A Secretaria de Obras e Viação (SMOV) é outro exemplo do abandono: precariedade e sucateamento do maquinário, além da desvalorização dos poucos trabalhadores que ainda não foram terceirizados.

Estratégico para a população carente, o CREAS de Alvorada sofre com um histórico de má gestão. A situação precária foi denunciada pelo SIMA ao Ministério Público há mais de ano, mas persistem as condições impróprias, marcadas pela falta de condições de trabalho, sem banheiros adaptados, com rede elétrica precária e sem condições de abrigar uma unidade da importância social do CREAS. A precariedade das instalações também motivou uma inspeção da saúde pública, assim como a sede atual.

BOATARIA E CABRESTEAMENTO

Para completar, quando o Brasil está prestes a vivenciar uma experiência de impacto com a jornada semanal de trabalho de quatro dias, que será posta em prática entre junho e dezembro deste ano, surge um boato de que o Governo Appolo quer cortar a jornada de trabalho e também os salários, outra vez andando na contramão do mundo. Além de trabalhar, o que precisamos é ganhar mais, o que é negado há mais de quatro anos por esse governo.

Tais distorções são causadas pelo alto custo de um governo que preferiu contratar funcionários terceirizados – os chamados CC’s -, em vez de fiscalizaros atos irregulares, a maioria dos vereadores opta pela aliança ao Desgoverno Appolo, em troca de favores. Ao se aposentar, nossos servidores perdem a metade do vencimento da ativa por causa desses gestores, que usam o cabresto como instrumento de governo.