Enquanto a Secretaria Estadual de Saúde, através do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), declara a transmissão comunitária da variante ômicron do coronavírus e admite os picos de contágio, o Governo Appolo convoca 1.300 professores para comparecer numa palestra presencial com o tema “O que aprendemos com a pandemia”. Diretoria do SIMA marca presença, e denuncia a irresponsabilidade da administração pública. Os sindicalistas aproveitaram para convocar os professores para participar da assembleia virtual da classe, que ocorrerá dia 16/02 (quarta-feira), às 17h30, em primeira chamada.
O conceito de transmissão comunitária ou local é definido quando o contágio entre pessoas ocorre no mesmo território, sem histórico de viagem ou sem que seja possível definir a origem da transmissão.
Está claro que o Governo Appolo nada aprendeu com a pandemia, pois insiste em ignorar as recomendações de especialistas de respeitar o distanciamento social e conter a propagação da doença e a transmissão local por pessoas infectadas.
GOVERNO PROVOCA AGLOMERAÇÃO DE PROFESSORES
As mesmas pessoas que a prefeitura convocou para o evento presencial de 14/02, na Quinta da Estância, uma fazenda de turismo ecológico em Viamão, estarão diante de nossas crianças, que voltarão às aulas em meio à tanta incerteza.
A variante Ômicron foi identificada originalmente na África do Sul e é a responsável pelo súbito aumento de casos em vários países.
Esse aumento nos casos também já é percebido no Rio Grande do Sul. O alerta do governo estadual reforça a importância de manter as medidas de prevenção, que preveem o completo esquema vacinal e doses de reforço, o uso de máscara e a proibição de aglomerações.
RESPEITE OS PROFESSORES, APPOLO!
Os professores de Alvorada merecem respeito, prefeito! Foram sabotados pelo governo municipal na campanha salarial, quando Appolo enviou para a Câmara projeto concedendo 15% de gratificação aos educadores, mas vetou a própria proposta e deixou os professores sem esse reforço salarial.
Depois, a administração veio a público assumir ser contra o pagamento do Piso Nacional do Magistério, que deve subir 33.23%, conforme estabelecido pela Lei 11.738, que criou o piso, em 2008, e pela Emenda Constitucional (EC) nº 108/2020, que cria o novo Fundeb, o fundo instituído como instrumento permanente de financiamento da educação pública.
Agora, o governo fora da lei, que corta a gratificação dos professores e não quer pagar o piso, usa o dinheiro público para promover um evento dispensável, que expõe a saúde dos educadores ao risco e promove aglomeração desnecessária.
VAIA DE ANIVERSÁRIO
Mesmo aniversariando naquele dia, a Secretária de Educação de Alvorada, Neuza Machado Teixeira, não escapou de sonora vaia dos educadores. A Secretária sentiu na pele a rejeição do Governo Appolo.
Os professores não querem festa esnobe, prefeito. Querem respeito e reconhecimento na forma de valorização salarial.
Renato Ilha, jornalista (Fenaj 10.300)