O Rio Grande do Sul enfrenta nos últimos dias a pior onda de contágio desde o início da Pandemia Covid-19, após quase um ano de distanciamento e medidas de proteção sanitária como álcool gel e o uso de máscaras. Alvorada entrou na “Bandeira Preta” na última semana, mas apesar dos apelos, a inconsequente política do negacionismo tem levado dezenas de servidores municipais a contraírem o vírus, como no caso do recente surto de contaminação localizado no Prédio da Prefeitura de Alvorada.

A cidade que sequer possui leitos de UTI age como se a pandemia não existisse. O número de óbitos na cidade se aproxima de trezentos (300), entre eles, infelizmente alguns trabalhadores da saúde e servidores municipais que se mantiveram nos seus postos de trabalho ao longo de todo este período. Os dezessete leitos de UTI disponíveis para pacientes do Hospital de Alvorada já se encontram lotados, em 100% de sua capacidade. Além disso, outros oito (8) pacientes seguem aguardando vaga e respirando com auxílio de ventilador mecânico, segundo informações da mantenedora do serviço hospitalar. A cidade de Alvorada, assim como outras da região metropolitana, não tem adotado medidas de restrição, pelo contrário, insiste em um plano de retomadas das aulas e de ampliação do expediente dos servidores municipais. Atitudes como as que vemos resultam, inevitavelmente, em um maior contágio e mais mortes.

Atento aos apelos dos trabalhadores e da comunidade alvoradense o SIMA encaminhou durante esta semana uma série de pedidos junto ao Tribunal de Justiça através de ação pública e à administração municipal através de ofício aos órgãos responsáveis para evitar uma tragédia ainda maior. No ofício encaminhado à SMED o Sindicato questiona se as medidas de segurança sanitária das escolas são realmente possíveis de serem cumpridas. Já o questionamento feito junto à Secretaria de Administração foi com relação ao prolongamento do horário de funcionamento dos serviços não essenciais da Prefeitura. A Secretaria de Assistência Social, que pode desempenhar um papel importante no combate as desigualdades provocadas pela pandemia, também foi questionada, mas ainda não deu resposta. O Sindicato solicitou que seja prorrogado por um período de seis (6) meses o início das aulas e a continuidade da redução da carga horária dos trabalhadores.

O Sindicato irá acompanhar a evolução dos casos denunciados à entidade e seguirá cobrando os órgãos públicos para agir com responsabilidade no combate ao COVID-19. Como parte da mobilização em defesa da vida e pela vacina, o SIMA convocou Assembleia Geral da categoria para o dia 04 março. É indispensável que no momento crítico que passamos, o racionalismo e a coerência guiem as tomadas de decisão. Assim como, é fundamental que esforço no momento seja para garantir #vacinaparatodosjá.