Independente de seguirmos ou não alguma religião, vale a pena refletirmos sobre o simbolismo e o significado psicológico deste evento. A Páscoa simboliza Renascimento, que significa, literalmente, morrer e nascer de novo. Mas não é necessário ser nenhum Ser divino para isso, pois todos temos a capacidade de renascer e, certamente, você já renasceu várias vezes em sua vida.

A Páscoa é uma celebração de origem judaica, que comemora a liberdade do povo hebreu, após um longo período de escravidão no Egito, por volta de 1700 a.C. (Antes de Cristo). Com o mesmo sentido de libertação e de esperança, a Páscoa cristã surge posteriormente com a comemoração da ressurreição de Jesus Cristo.

Historicamente ligada à Páscoa judaica, a Páscoa cristã assumiu outros traçados, tanto no tocante ao seu significado como na forma como é comemorada, de onde surgem grandes diferenças.

A Páscoa cristã celebra a ressurreição de Jesus, num domingo conhecido como Domingo de Páscoa, que encerra a Semana Santa. Quando a Páscoa cristã começou a ser celebrada, a troca de ovos passou a fazer parte da Semana Santa. Os cristãos passaram a ver no ovo um símbolo da ressurreição de Cristo. Naquela época, as pessoas trocavam ovos de galinha decorados.

A Semana Santa recorda a Última Ceia de Jesus com os apóstolos, a sua crucificação e ressurreição, o que teria acontecido durante a celebração da Páscoa judaica.

“PASSAGEM”

Derivada do hebraico Pessach, Páscoa significa “passagem”. O significado remete à transição da escravidão para a liberdade, como celebra a Páscoa judaica, bem como da morte para a vida, como celebra a Páscoa cristã.

Civilizações antigas cultuavam uma deusa, conhecida como Ostara ou Eostern, numa festa que celebrava a passagem do inverno para a primavera. Essa estação traz a esperança, junto da possibilidade de produzir alimentos que pudessem ser armazenados para consumo ao longo de todo o ano.

Além da relação com o significado, o nome da deusa remete à palavra “páscoa” em inglês, Easter.

Renato Ilha, jornalista (Fenaj 10.300)