Sem qualquer aviso ou comunicado oficial, o Governo Appolo cancelou a reunião de negociação com o SIMA, que ocorreria na manhã de 7/12 e que estava agendada há um mês. As reivindicações da categoria já haviam sido entregues ao Secretário Municipal de Gabinete e Relações Comunitárias, Paulo Ramos, na manhã de 9/11. Indignado com a atitude desrespeitosa do executivo, Rodinei Rosseto, presidente do SIMA, classificou o gesto de “segregação descarada de um governo que foge do debate”.
O sindicalista vê como urgente enfrentar o problema do sucateamento do maquinário amontoado na SMOV, na Capatazia 11 de abril, na fábrica de canos e em diversos setores da prefeitura. A mesma segregação que existe no setor educacional e na saúde, assim como nas secretarias, onde os servidores são perseguidos e pressionados.
TERCEIRIZAÇÃO SEM LIMITES – Ele também denuncia o envio de projeto para a Câmara Municipal na noite de 6/12, que renovou cinco contratos de terceirização de operadores de maquinário, prontamente aprovado pelos vereadores. Rosseto considera um acinte do governo contratar terceirizados sem necessidade, visto que há servidores concursados em condições de desempenhar a função. O líder dos Servidores lembra que não há nenhuma patrola funcionando na estrutura do serviço público do município, por estar sucateadas.
PAUTA AJUSTADA
Para Rodinei Rosseto, ao invés de fugir, o governo tem de conceder reajuste de 19% para Supervisores, Orientadores e Secretários de Escola, referente ao cumprimento da Lei do Piso do Magistério, por serem cargos especializados. Também as merendeiras, serventes e todo o quadro geral da prefeitura merecem essa recomposição salarial.
Os servidores municipais cobram o pagamento dos 2,54% devidos de 2021, da reposição retirada, cuja devolução foi prometida pelo governo até o final de 2022. O mesmo valendo para o fim do desconto do VR para todos os trabalhadores, com pagamento em licença saúde e férias e para a Gratificação para professor de educação especial.
O SIMA ainda defende a compra de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e a manutenção nos locais de trabalho, assim como a criação de uma Comissão Sindicato/CASA (Centro de Atendimento à Saúde do Trabalhador), com proposta de melhorar a defesa da saúde dos Servidores e o avanço de letra para motoristas e operadores de maquinário pesado.
Renato Ilha, jornalista (Fenaj 10.300)