A diretoria do SIMA declara a solidariedade dos Servidores Públicos Municipais de Alvorada à greve deflagrada em 8/3 pelos professores da rede municipal de ensino de Guaíba, cidade da Região Metropolitana de Porto Alegre, causada pela falta de pagamento do piso salarial dos professores e também pelas precárias condições de trabalho nas escolas. Há três anos o Sindicato dos Professores Municipais de Guaíba (SPMG) cobra providências da Secretaria da Educação, que não resolve o problema. A greve dos professores da rede municipal de ensino em Guaíba afeta 29 escolas e até 10 mil alunos.

Mesmo cientes de que a paralisação afeta diretamente a rotina e a organização das famílias, Rosangela Haim, presidente do SPMG afirma que os professores não podem mais ficar calados diante do desrespeito do governo municipal com a educação e com os profissionais que nela atuam. A sindicalista também antecipa que “toda hora ou dia paralisado será recuperado”.

Maior da cidade, a Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) José Carlos Ferreira, que fica no bairro Pedras Brancas, decidiu paralisar completamente as atividades. São 60 professores que atuam na instituição, dando aula para 800 alunos.

GOVERNO INSENSÍVEL

Numa postura adotada há três anos, a secretária Municipal de Educação, Magda Ramos, diz que vai conversar com os professores, mas antecipa que não será possível atender a demanda do reajuste salarial, que determina o piso salarial.

Na sexta (10/3) é aguardada uma reunião com a Secretaria Municipal de Educação. Os sindicalistas esperam que uma proposta da administração pública seja apresentada na ocasião. Caso o sindicato aceite a proposta, as aulas serão retomadas. Caso contrário, a greve deve ser estendida.

Renato Ilha, jornalista (Fenaj 10.300)