Em 17 de dezembro de 2021, a diretoria do SIMA procurou o governo municipal para definir as pautas, sendo uma delas o pagamento do Piso Nacional do Magistério. Prontamente, o secretário da Administração, Luiz Carlos Telles, sinalizou com o cumprimento do piso nacional no mês de janeiro de 2022. Na época, assim como agora, a demora na definição do governo federal era o entrave para o anúncio da providência pela administração municipal.
GOVERNO MUDA DE IDEIA
Um mês depois, em 21 de janeiro de 2022, Valdemir Machado, vice- presidente do SIMA, e José Luiz Júnior, tesoureiro da entidade, voltaram a cobrar do Secretário Telles a promessa do pagamento do piso.
Em resposta, o titular da pasta da Administração foi claro ao dizer que o governo municipal seguiria a mesma linha do Governo Bolsonaro, de não aplicar os 33.23% de correção do Piso Nacional, conforme Lei n° 11.738, que instituiu o piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica, em 2008.
Agora, que Bolsonaro está dizendo que vai pagar o piso, ele transfere a responsabilidade para estados e municipios, que devem cumprir a lei. Queremos saber se o Governo Appolo vai pagar o piso e cumprir com a palavra ou continuará enrolando os educadores.
DEMAGOGO, COMO BOLSONARO
Assim como Appolo, Bolsonaro faz média e demagogia dizendo ser favorável ao pagamento do piso reajustado em 33.23%, mas, na prática, incentiva a reposição da inflação de 2021.
Lembre que o prefeito propôs um abono de 15% para o Magistério na campanha, mas depois que os vereadores aprovaram o projeto, o próprio Appolo vetou o abono, deixando os professores somente com o reajuste de 12,16% (INPC+2%), negociados pelo SIMA na campanha salarial.
Mas o Governo Appolo não pode descumprir a lei e a palavra empenhada diante do SIMA e dos professores. Tem de honrar a palavra e dar ao Magistério o reajuste indicado pela legislação, sem blá-blá-blá.
Renato Ilha, jornalista (Fenaj 10.300)